A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) dá os últimos retoques no plenário do Alerjão para que as votações passem a acontecer na nova sede – edifício Lúcio Costa. Se no Palácio Tiradentes as sessões plenárias eram realizadas sob a atmosfera desse histórico e quase secular prédio, o novo espaço se destaca pela modernidade.
O painel eletrônico de alta resolução (7K ) vai dar maior agilidade e transparência às sessões legislativas. A telona (de quase 12 metros) se apoia no madeiramento de jacarandá recuperado do próprio edifício, construído na década de 60 e que passou por um processo de retrofit (reforma arquitetônica). O plenário será 30% maior que o atual, com 300 lugares para receber deputados e assessores, e funcionará no primeiro subsolo. Já a galeria poderá comportar até 200 pessoas. A previsão é de que tudo esteja pronto em 60 dias.

Além do telão de led, o plenário possui nas suas mesas modernos tablets. Já instalados, os dispositivos, ligados à internet, agilizarão as votações e o trabalho legislativo durante as sessões. O espaço conta, ainda, com um revestimento acústico, permitindo um melhor aproveitamento do som ambiente, bem como dispõe de área de convivência entre os deputados, rampas e elevadores especiais para garantir a acessibilidade de cadeirantes.
Na decoração, destaca-se, também, a cor azul petróleo presente no revestimento do tapete representando uma das maiores riquezas minerais do estado.
Segundo o diretor do Departamento de Patrimônio da Alerj, Renan Lacerda, o planejamento de retrofit do prédio teve a preocupação de reaproveitar materiais antigos, tais como mármore, granito, o material que compõe as bancadas do plenário novo, entre outros. "E essa madeira jacarandá, onde instalamos o painel de led, foi preservada e dá um charme todo especial ao plenário. Bem pensada essa ideia porque está muito bonito”, destacou Lacerda.